Uma equipe internacional de astrônomos anunciou recentemente um novo catálogo com 20 exoplanetas confirmados e seis novos candidatos. A compilação foi reunida por meio de uma colaboração do Observatório WM Keck em Maunakea, no Havaí, com o Satélite de Rastreamento de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA.
Chamada de Catálogo de Massa do Levantamento TESS-Keck Survey, a base de dados servirá de fonte de estudo para os mundos extrassolares mais recentes descobertos pela TESS. Em órbita altamente elíptica em relação à Terra, a sonda busca exoplanetas em trânsito, ou seja, que passam “na frente” das suas estrelas, causando uma pequena diminuição em seus brilhos.
Segundo o pesquisador líder do estudo, Stephen Kane, o levantamento atual se destaca, pois “relativamente poucos dos exoplanetas anteriormente conhecidos têm uma medida tanto da massa como do raio”. Essas medições combinadas podem indicar do que esses corpos espaciais são feitos e até como se formaram, diz o astrônomo.
Como é o novo catálogo de exoplanetas da NASA?
Considerada a maior análise homogênea de planetas identificados pela TESS já divulgada até hoje, a última edição do Levantamento TESS-Keck Survey apresenta mais de 9,2 mil observações de velocidade radial. A técnica, que é fundamental para determinar a massa de exoplanetas, se baseia no efeito Doppler, ou seja, um leve movimento da estrela em relação ao observador, quando orbitada por um planeta.
Entre os novos mundos detectados dessa forma, um deles, chamado TOI-1386b, a 479 anos-luz de distância, chamou a atenção dos astrônomos porque sua massa e largura ficaram entre as de Saturno e Netuno.
Isso o colocou em uma categoria raríssima, a de subsaturno. Muito próximo de sua estrela-mãe, o TOI-1386b tem uma órbita equivalente a somente 26 dias terrestres.
Já seu vizinho também recém-descoberto, o TOI-1386c, tem quase a largura de Júpiter, mas apenas 30% da massa deste, sendo classificado com gigante gasoso “fofo”. Um pouco mais além, o inédito TOI-437 é igualmente raro, por ser um dos poucos subnetunos conhecidos. Ele tem metade do tamanho do Planeta Azul e mais de dez vezes a massa da Terra.
Qual a importância da descoberta dos novos exoplanetas?
Um dos achados mais fascinantes do Levantamento TESS-Keck foi um sistema planetário batizado como TOI-1798. Trata-se da primeira constelação planetária a abrigar um planeta superterra interno com um período ultracurto de órbita (USP), no caso de cerca de oito dias. USPs são conhecidos por orbitar suas estrelas em um tempo menor do que Mercúrio orbita o Sol (88 dias).
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Ao lado da descoberta de mundos exóticos, a pesquisa também se concentrou em alguns planetas orbitando estrelas subgigantes, que são versões futuras do nosso Sol. Os resultados permitirão um prognóstico do destino do nosso planeta quando nossa estrela inchar e, possivelmente, nos engolir.
E então, o que achou do novo catálogo de exoplanetas da NASA? Esse outros estudos astronômicos você encontra aqui no TecMundo. Fique de olho e até a próxima.