Ricardo Chimirri Candia mostra caminhos para um planejamento sustentável que alinha construção civil e preservação ambiental.

Entenda como alinhar construção civil e preservação ambiental: caminhos para um planejamento sustentável

Yulia Sergeeva
By Yulia Sergeeva
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Segundo Ricardo Chimirri Candia, a construção civil, historicamente associada ao alto consumo de recursos naturais e geração de impactos ambientais, enfrenta hoje um novo desafio: alinhar produtividade à sustentabilidade. É possível promover o crescimento urbano e a infraestrutura necessária sem comprometer o equilíbrio ecológico, desde que haja planejamento sustentável, inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental nas obras. 

Essa mudança de paradigma não é apenas desejável, mas indispensável para garantir o futuro das próximas gerações. Ao integrar práticas sustentáveis aos projetos de engenharia e arquitetura, o setor da construção contribui para a redução da pegada ecológica das cidades. Leia mais sobre o assunto no artigo abaixo:

Planejamento sustentável como base para uma construção civil mais consciente

Um dos primeiros passos para alinhar construção civil e preservação ambiental é adotar um planejamento orientado por critérios de sustentabilidade. Isso significa prever, desde o projeto, ações que reduzam o desmatamento, evitem a impermeabilização excessiva do solo e preservem áreas verdes. Como aponta Ricardo Chimirri Candia, antecipar esses aspectos contribui para mitigar danos e acelerar a aprovação de empreendimentos.

Construção civil e meio ambiente podem caminhar juntos, destaca Ricardo Chimirri Candia ao falar de planejamento sustentável.
Construção civil e meio ambiente podem caminhar juntos, destaca Ricardo Chimirri Candia ao falar de planejamento sustentável.

Além disso, o uso do zoneamento urbano de forma inteligente permite preservar áreas de importância ecológica e direcionar o crescimento para regiões já urbanizadas. Projetos integrados com o entorno natural, respeitando a topografia e os cursos d’água, contribuem para a manutenção dos serviços ecossistêmicos e reduzem custos com drenagem, contenção de encostas e recuperação ambiental. Essa abordagem também favorece a criação de espaços urbanos mais equilibrados, com qualidade de vida.

Tecnologias e materiais sustentáveis como aliados da preservação

É crescente o uso de materiais recicláveis, reaproveitados ou com baixo consumo energético em sua produção, como tijolos ecológicos, madeira certificada, blocos de solo-cimento e tintas à base d’água. De acordo com o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, além de contribuírem para a preservação ambiental, esses insumos frequentemente resultam em economia no longo prazo, devido à maior durabilidade e menor necessidade de manutenção.

As tecnologias construtivas também podem ser grandes aliadas da sustentabilidade. Sistemas como o BIM (Modelagem da Informação da Construção), por exemplo, permitem projetar e simular obras com alto grau de precisão, reduzindo desperdícios e erros. Outras soluções, como telhados verdes, fachadas ventiladas, reaproveitamento de água da chuva e energia solar fotovoltaica, promovem maior eficiência energética e hídrica das edificações. 

Gestão de resíduos e responsabilidade ambiental na obra

Durante a execução das obras, a gestão adequada dos resíduos é fundamental para minimizar impactos ambientais. A construção civil é uma das maiores geradoras de entulho no Brasil, o que exige estratégias claras de separação, armazenamento, transporte e destinação correta dos materiais descartados. Como alude Ricardo Chimirri Candia, a adoção de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) é uma exigência legal que também pode trazer ganhos operacionais.

Outra prática importante é o monitoramento dos impactos diretos da obra, como emissão de poeira, ruídos e contaminação do solo ou da água. A instalação de barreiras de contenção, uso de equipamentos menos poluentes e controle rigoroso de substâncias químicas são ações que demonstram o compromisso ambiental da empresa responsável. Mais do que cumprir normas, trata-se de consolidar uma cultura organizacional que valoriza o meio ambiente como parte do sucesso do projeto.

Conclui-se assim que, alinhar construção civil e preservação ambiental é um desafio real, mas totalmente viável quando há comprometimento com práticas sustentáveis e visão de longo prazo. Para Ricardo Chimirri Candia, o setor precisa abandonar o modelo linear de consumo e descarte e adotar uma lógica circular, onde cada etapa da obra seja pensada com base em seu impacto ecológico. Dessa forma, a construção civil se posiciona como agente ativo na construção de um futuro ambientalmente equilibrado.

Autor: Yulia Sergeeva

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